Natal e Parousia

Síria, Nigéria, Líbia, Ucrânia, Líbia, Iêmen, Egito...

Palestina, Oriente Médio, Américas.

Baixada Fluminense, Zona Leste de São Paulo,

Bairro Bom Jesus, em Porto Alegre...

Centros urbanos e periferias de todas as capitais,

Conflitos urbanos, conflitos agrários, desastres.

Atentado extremistas e corrupção de agentes políticos e públicos,

Aniquilando inocentes, subtraindo o direito à vida.

Prédios suntuosos, presídios insalubres, campos de refugiados e casas de ressocialização,

Drogas, armas, braços, mãos, pés e cérebros a serviço da morte.

Rotina de jornais e noticiários com corpos desnudos, agredidos, destroçados,

Pela mesma violência institucionalizada, amoral, irracional,

Estampada nas casas, nas salas, nas ruas e valas das cidades,

Com aniquilamento de mulheres e crianças.

Criaturas humanas expostas nas calçadas, nos corredores de hospitais.

Muros de segregação erguidos como tributo ao ódio e a intolerância,

Matéria prima das guerras, do pecado da indiferença,

Da prepotência, da desvalorização do outro ser humano.

Ciclos permanentes, em circunstâncias iguais, em lugares diferentes,

Origens de uma mesma razão.

Nas mortes convencionadas, legalizadas, anárquicas, midiáticas,

Cada qual que mata, também, morre; pois mata no outro ser a si mesmo,

Fazendo morrer em todas as pessoas a dignidade da Criação.

Soprem os ventos do Advento, das Boas Novas do Evangelho,

Pois o Natal está entre nós! Jesus Cristo nasceu,

Profetizando vida sobre todos os vales de ossos secos,

Anunciando salvação, redenção e paz para cada ser criatura e para toda a Humanidade.

Bispo Luiz Vergílio Batista da Rosa.